Li hoje um editorial que gostaria de publicar aqui parte dele. Consta em uma revista médica - IÁTRICO/PR, nº 30, - publicada neste mês.
Na verdade, é um interessante número dedicado à exploração do ser. A revista traz - nesse número - vários textos a respeito da educação dos sentidos e uma belíssima ilustração por meio de obras dos impressionistas Monet e Pino Daeni.
Vejamos aqui uma parte do "A capa: tudo se transforma"
"[...] Afinal, educação é diferente de ensino. É, depois de ensinado, metabolizar o que foi adquirido e colocar para fora do seu jeito, expressar à sua maneira. Isso é o mais difícil, pois carece de uma luta interna pela qualidade e pelo aperfeiçoamento do próprio eu.
Sempre gostei dos impressionistas por isso. Sabiam que até as pedras do caminho mudam: bastava outra inclinação da luminosidade. Não pintavam, pois, apenas o que viam, mas o que sentiam. E cada um colocava para fora à sua maneira, e à flor do tempo. Assim, uma mesma catedral poderia ser pintada 50 vezes, e era sempre outra catedral. Bastava para isso uma ligeira mudança na luz, nos reflexos, nos detalhes, sempre insuspeitos para nós outros. E sempre com a marca inconfundível do autor, soberano sobre suas impressões, e que lixassem os críticos ou os que não os compreendiam. Isso é educação, ser fiel a si mesmo, recriar o aprendizado a seu jeito. "
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