segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS por ?????????


Este texto é atribuído a autoria a Mário de Andrade. Parece que há algum engano nas citações e referências. 

Pelas minhas pesquisas, consta que é de Mário Pinto de Andrade. 


Como ainda não encontrei uma referência publicada em livro, deixo aqui o registro daquilo que me pareceu mais verdadeiro, até porque não me soou o estilo de Mário de Andrade, o poeta modernista. 


?????

Vale a leitura!! Quando encontrar, registrarei aqui o resultado da pesquisa.

Ótimo texto!! 

Vale a leitura!!
   




"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas...
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, 

quero a essência,
minha alma tem pressa…

Sem muitas cerejas na bacia,

quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; 

que sabe rir de seus tropeços, 
não se encanta com triunfos,
 não se considera eleita antes da hora, 
não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,


O essencial faz a vida valer a pena.


E para mim, basta o essencial!
"


  
Obs.: Parece que a autoria do texto é atribuída a Ricado Gondim. 



Referência:

https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4121135503419769637#editor/target=post;postID=9091182162535447630 acesso em 12/10/2015.

Ver também a respeito desse texto em 

https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3182732  acesso em 31.01.2018.





3 comentários:

  1. Três coisas me chamaram a atenção imediatamente.

    Primeiro, o estilo.

    Segundo, dois erros de português na mesma frase:
    "Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos."
    Que tal assim:
    "Já não tenho tempo para administrar melindres de *pessoas que,* apesar da idade cronológica, são *imaturas*."?
    O Mário não cometia erros de português - a menos que fizessem sentido poético ou crítico.

    Terceiro, a contemporaneidade de alguns pontos, como o uso da palavra "rótulo", trazido pelos americanos ao final do Séc. XX, as alusões à juventude que se considera no direito de ser o máximo ou as reuniões intermináveis no escritório.
    (Para quem conhece um pouco do Mário de Andrade, falecido em 1945, isso é como um texto de Shakespeare onde Julieta e Romeu debatessem quanta carga teria sobrado nos seus iPhones!)

    Logo, pensei eu, é texto apócrifo. Mas não era. Mais ou menos.

    A crônica é de um escritor angolano chamado Mário Coelho Pinto de Andrade.
    Foi plagiada a torto e a direito, a começar por um tal de Ricardo Gondim, um safado pararreligioso metido a filósofo ou poeta com grande penetração. Depois de descoberta a fraude (mas não encontrei um _mea culpa_) o texto, com algumas adaptações, passou a circular na internet, atribuído agora ao modernista Mário.

    Coitado do angolano: tomou no plágio do Gondim e tomou de novo na atribuição equivocada pelos corretores de injustiças de plantão.

    Pior para a cultura: em vários sites de filosofia e poesia se encontram variações deste poema, atribuídas em geral ao "nosso grande poeta modernista".

    Lá isso ele era.

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    1. É isso, Roberto Leão!! Obrigada pelo comentário!! Abraços!!

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  2. Fontes (entre inúmeras outras):
    https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3182732

    O ladrão: www.ricardogondim.com.br/poemas/1401/

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