quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

AMOR VIOLETA por Adélia Prado



"O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida. "


PRADO, Adélia. Bagagem. 32ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2012.  p. 83)


"Eu sempre sonho que uma coisa gera,
nunca nada está morto.
O que não parece vivo, aduba.
O que não aparece estático, espera."
(Do poema "Leitura") - (contra-capa da livro)

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