terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

“NENHUMA FOLHA CAI SEM A PERMISSÃO DE DEUS” por Sara Menck



A minha família tem um costume bastante bom, mas que causa estranheza a algumas pessoas. Gostamos mesmo e muito de falar a respeito de Deus.



Primavera na Holanda - By Dayana Menck/2010
O meu pai tinha esse jeito de viver e aprendemos assim também. Como isso faz parte da nossa rotina, sempre temos alguma coisa a contar que nos aconteceu. Algo que Deus nos fez, nos deu, ou mesmo quando vemos claramente a mão Dele em nossas vidas. E, claro, é um tipo de conversa muito prazerosa, ainda que tenhamos enfrentado grandes dificuldades.


Além de tudo, em nossas vidas cumpre aquilo que esta escrito em 1º de Salmos.

Mas isso é algo bastante íntimo e familiar. Entendemos que nem todas as pessoas têm esse jeito de viver, então sabemos nos adequar.



Mas, um dia desses, a minha irmã caçula me disse assim: “esses dias vivenciei um fato que é digno de um texto”.


“Então me conta logo!”. Gosto de materiais concretos para as minhas abstrações.

            E foi assim: ela foi levar as filhas para assistir a uma peça de teatro e, enquanto estavam na fila de entrada, começou a observar o vento que batia nas árvores e as folhas que delas caiam. O tempo estava bastante seco e as árvores estavam cheias de folhas secas.  Achou muito lindo aquele movimento. Era como uma dança.

 As folhas caiam lentamente e, nesse cair, voavam de um lado para outro em um ritmo circular de queda serena,

                                       tranquila,   

                                                         mansa...    
   
                                                                           leve...


                                                                        Um perfeito ballet.


Ficou um tempo apreciando aquilo e refletiu assim: “esta escrito que nenhuma folha cai  sem que haja a permissão de Deus!! Será mesmo isso verdade?? Será que Deus toma conta de tudo, até mesmo de algo tão simples como o cair das folhas das árvores?”

E ficou ali a admirar tão simples e natural fato. Chegou mesmo a pensar que não precisaria mais assistir a nenhuma peça de teatro, ou show, porque,  ali, de um jeito tão sublime já presenciara um.

De repente, pararam de cair as folhas... Estalou os olhos.  Estalou o olhar. Fixou.  Estendeu algumas vezes o seu olhar. Olhou de novo e outra vez. Estagnou.


Nenhuma folha. Chacoalhou a cabeça. Fechou e abriu os olhos. Quis muito vê-las caindo novamente. Passou o tempo.  Nenhuma folha...

Quisera demais continuar assistindo ao espetáculo...

Nenhuma folha mais...
          
  ... Durante o tempo restante na fila de espera na entrada do teatro, havia o vento, as árvores e ela.  Ela e a sua observação, mas folhas não mais caiam ali...


Sorriu e riu para si mesma no silencioso contemplar da natureza e,

 sobretudo, da  Existência Soberana e, mais ainda, firme na certeza de que

tem Esse operar  em sua vida.


Voltou para casa feliz com tão breve e significativa resposta.


Sara Maria 
em 21/02/2012

Primavera na Holanda - By Dayana Menck\/2010


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