terça-feira, 24 de setembro de 2013

EXAUSTO por Adélia Prado

"Eu quero uma licença de dormir, 
perdão pra descansar horas a fio, 
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.

Quero o que antes da vida
foi o profundo sono das espécies, 
a graça de um estado.

Semente.

Muito mais que raízes. "


Adélia Prado


(PRADO. Adélia. Exausto In: Bagagem. 32ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 26)



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